sábado, 30 de abril de 2011

Como é fácil compreender nossa lingua!

Assistindo a um programa de Chico Anysio, em um dos quadro ele nos mostrou o quando a lingua portuguesa e bela e de fácil compreenção.
Confiram!!!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Criatividade não tem limites "Sou foda,Google translator"

Estava passeando pelo Face book e encontrei isso escrito,

 じ ぎじんじぎじんじぎじん ソフォダ. ナカマチェスクラシュ. ナサラオヌクァートゥ ヌベクオヌカフ.. エウエウソスィニ スツ ル. メリョキセウマリドゥ. イスクラシュセワミグ. ヌェスクロソウンペリグ. アヴァサラドー

Fiquei curioso então li no post :

Copie e cole no Google Translator e peça para traduzir do japones para o português e coloque para ouvir.

Vão lá e façam isso, vão se surpreender

O Ócio e a Longividade

Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais. Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anísio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegou à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna:
 A tartaruga com toda aquela lerdeza, vive 300 anos. Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos?
 Gostaria de contribuir com outro exemplo, o de Dorival Caymmi. O letrista compositor e intérprete baiano era conhecido como pai da preguiça. Passava 4/5 do dia deitado numa rede, bebendo, fumando e mastigando. Autêntico marcha-lenta, levava 10 segundos para percorrer um espaço de três metros. Pois mesmo assim e sem jamais ter feito exercício físico viveu 90 anos.
 Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde...
 E viva o sedentarismo ocioso!!! Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo. Você terá toda a eternidade para ser só osso!!!
 Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!! Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!!! O elefante só come verduras e é GORDOOOOOOOOO!!!
 VIVA A BATATA FRITA E O CHOPP!!!
 Você, menina bonita, tem pneus? Lógico, todo avião tem!
 E nunca se esqueçam:
 'Se caminhar fosse saudável, o carteiro seria imortal.´
 E lembrem-se sempre:
 Celulite quer dizer :
 EU SOU GOSTOSA! Em braile!

          Arnaldo Jabor

Teoria da Sexualidade Segundo S. Freud

As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, política, econômica e nos seus múltiplos aspectos durante um determinado período da vida do autor.

   O primeiro grande conceito desenvolvido por Freud (1856-1939) foi o de Inconsciente. Ele inicia seu pensamento teórico assumindo que não há nenhuma descontinuidade na vida mental. Ele afirmou que nada ocorre por acaso e, muito menos, os processos mentais. Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação. Cada evento mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e é determinado pelos fatos que o precederam (determinismo psíquico). Uma vez que alguns eventos mentais "pareceram" ocorrer espontaneamente, Freud começou a procurar e descrever os elos ocultos que ligavam um evento consciente a outro. Quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precederam, as conexões estão no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. O consciente é apenas a ponta do iceberg.
 Freud em suas investigações na prática clínica sobre as causas e funcionamento das neuroses, descobriu que a grande maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, na vida infantil estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais e, confirmava-se, desta forma, que as ocorrências deste período de vida deixam marcas profundas na estruturação da personalidade. As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica e é desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época pela concepção vigente de infância "inocente".

 "Os principais aspectos destas descobertas são:
 1. A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
 2. O período da sexualidade é longo e complexo até chegar a sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo estava associado, exclusivamente a reprodução.
 3. A libido, nas palavras de Freud, é a "energia dos instintos sexuais e só deles".

 Foi no segundo dos "Três ensaios de sexualidade" das obras completas, que Freud postulou o processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo encontra o prazer no próprio corpo, pois nos primeiros tempos de vida, a função sexual está intimamente ligada à sobrevivência. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo (zonas erógenas) e há um desenvolvimento progressivo também ligado as modificações das formas de gratificação e de relação com o objeto, que levou Freud a chegar nas fases do desenvolvimento sexual:

 Fase oral (0 a 2 anos) - a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual consiste na incorporação do objeto.

 Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente) - a zona de erotização é o ânus e o modo de relação do objeto é de "ativo" e "passivo", intimamente ligado ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Este controle é uma nova fonte de prazer.

 Acontece entre 2 e 5 anos o complexo de édipo, e é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino e o pai (ou a figura masculina que represente o pai) é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então assemelhar-se ao pai para "ter" a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente por medo do pai, "desiste" da mãe, isto é, a mãe é "trocada" pela riqueza do mundo social e cultural e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala em Édipo feminino.

 Fase fálica - a zona de erotização é o órgão sexual. Apresenta um objeto sexual e alguma convergência dos impulsos sexuais sobre esse objeto. Assinala o ponto culminante e o declínio do complexo de Édipo pela ameaça de castração. No caso do menino, a fase fálica se caracteriza por um interessse narcísico que ele tem pelo próprio pênis em contraposição à descoberta da ausência de pênis na menina. É essa diferença que vai marcar a oposição fálico-castrado que substitui, nessa fase, o par atividade-passividade da fase anal. Na menina esta constatação determina o surgimento da "inveja do pênis" e o conseqüente ressentimento para com a mãe "porque esta não lhe deu um pênis, o que será compensado com o desejo de Ter um filho. 

 Em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, como um intervalo.

 Fase Genital - E, finalmente, na adolescência é atingida a última fase quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo - o outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.



 Sigmund Freud

Sempre da certo

Deu certo sim! Sempre dá certo…

 Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
 - Ah, terminei o namoro…
 - Nossa quanto tempo?
 - Cinco anos… Mas não deu certo… Acabou.
 - É não deu…?
 Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
 Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
 Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
 E não temos esta coisa completa.
 Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
 Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
 Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
 Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
 Tudo nós não temos.
 Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro.
 Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona…
 Acho que o beijo é importante… E se o beijo bate… Joga-se… Se não bate… Mais um Martini, por favor… E vá dar uma volta.
 Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
 Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
 Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
 O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
 Nada de drama.
 Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
 O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.
 Não fique com alguém por dó também, ou por medo da solidão.
 Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
 E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
 Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
 Gostar dói, você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração… Faz parte.
 Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer… A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
 Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta… Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
 Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar.
 Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
 Nem todo beijo é para romancear.
 Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
 Enfim… Quem disse que ser adulto é fácil?

            Arnaldo Jabor

Mulher consegue na justiça direito de se masturbar no trabalho

Ana Catarina possui uma doença que a difere das demais
 mulheres de seu ambiente de trabalho. Ela possui compulsão orgástica que é
 fruto de uma alteração química em seu córtex cerebral. Esta alteração a leva a
 uma constante busca por orgasmos que aliviem sua ansiedade.
 Ana Catarina revela que ‘já teve dia de eu me masturbar 45
 vezes. Foi neste momento que procurei ajuda. Comecei a suspeitar que isso
 poderia não ser normal” afirma Ana Catarina.

 Atualmente ela toma um coquetel de ansiolíticos que consegue
 frear a ansiedade, levando-a a se masturbar apenas 18 vezes por dia.
 O Dr. Carlos Howert Jr., especialista em Neurologia Sexual
 acompanha a paciente há três anos. Segundo seu relato, ela é a única brasileira
 diagnosticada com esta disfunção. Para ele “provavelmente devem haver muitas
 outras mulheres sofrendo do mesmo mal, mas a dificuldade de assumir leva a
 muitas a se acabarem na ‘siririca’.

 No dia 08/04/11, Ana venceu uma batalha jurídica que
 perdurava dois anos. Finalmente o Ministério do Trabalho a concedeu o direito
 de intervalos de 15 minutos a cada duas horas trabalhadas para que possa
 realizar sua busca por prazer. Também está autorizada pelo Dr. Antonino
 Jurenski Garcia, Juiz do trabalho de Vila Velha, Espírito Santo, a utilizar o
 computador da empresa para acessar imagens eróticas que alimentem seu desejo.

       Arthur Schopenhauer (1788-1860)

“A arte de discutir, e discutir de forma a vencer um debate, quer se esteja certo ou errado, por meios lícitos ou ilícitos. Um homem pode estar objetivamente certo, e ainda assim aos olhos de espectadores, e por vezes a seu próprio ver, parecer estar errado”.

 É assim que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) introduz “A Arte da Controvérsia”, onde detalha exatamente as táticas e em sua maior parte as falácias pelas quais se pode vencer um debate “quer se esteja certo ou errado, por meios lícitos ou ilícitos”.

   A obra completa, em alemão e inglês, está disponível na íntegra na rede, mas circula também uma lista resumida de “38 maneiras de vencer uma discussão” baseada na obra de Schopenhauer e que deve ser muito esclarecedora.
Nº 1. Leve a proposição do seu oponente além dos seus limites naturais; exagere-a. Quanto mais geral a declaração do seu oponente se torna, mais objeções você pode encontrar contra ela. Quanto mais restritas as suas próprias proposições permanecem, mais fáceis elas são de defender.

   Nº 2. Use significados diferentes das palavras do seu oponente para refutar a argumentação dele. Exemplo: a pessoa A diz: “Você não entende os mistérios da filosofia de Kant”. A pessoa B replica: “Ah, se é de mistérios que estamos falando, não tenho como participar dessa conversa”.

   Nº 3. Ignore a proposição do seu oponente, destinada a referir-se a alguma coisa em particular. Ao invés disso, compreenda-a num sentido muito diverso, e em seguida refute-a. Ataque algo diferente do que foi dito.

   Nº 4. Oculte a sua conclusão do seu oponente até o último momento. Semeie suas premissas aqui e ali durante a conversa. Faça com que o seu oponente concorde com elas em nenhuma ordem definida. Por essa rota oblíqua você oculta o seu objetivo até que tenha obtido do oponente todas as admissões necessárias para atingir o seu objetivo.

   Nº 5. Use as crenças do seu oponente contra ele. Se o seu oponente recusa-se a aceitar as suas premissas, use as próprias premissas dele em seu favor. Por exemplo, se o seu oponente é membro de uma organização ou seita religiosa a que você não pertence, você pode empregar as opiniões declaradas desse grupo contra o oponente.

   Nº 6. Deixe a questão confusa mudando as palavras do seu oponente ou aquilo que ele está procurando provar. Chame uma coisa por um nome diferente: diga “boa reputação” ao invés de “honra”, “virtude” ao invés de “virgindade”, “animais de sangue quente” ao invés de “vertebrados”.

   Nº 7. Declare a sua proposição e demonstre a verdade dela fazendo ao oponente uma longa lista de perguntas. Fazendo muitas perguntas abrangentes ao mesmo tempo, você pode ocultar aquilo que está tentando fazer com que o seu oponente admita. Você em seguida avança o argumento a partir de uma admissão do oponente.

   Nº 8. Deixe o seu oponente furioso. Uma pessoa enfurecida é menos capaz de usar o seu julgamento ou de perceber onde residem as suas vantagens.

   Nº 9. Use as respostas que o seu oponente dá à sua pergunta de modo a alcançar conclusões diferentes ou opostas.

   Nº 10. Se o seu oponente responde a todas as suas perguntas negativamente e recusa-se a ceder em qualquer ponto, peça que ele concorde com a versão oposta das suas premissas. Isso pode confundir o seu oponente quanto ao ponto em particular a respeito do qual você está tentando fazer com que ele ceda. Pois a natureza humana é tal que, se “A” e “B” estão refletindo em conjunto, e comunicando as suas opiniões um ao outro a respeito de qualquer assunto, e “A” percebe que os pensamentos de “B” sobre o mesmo assunto não são os mesmos que os seus, ele não começa revisando o seu próprio processo de raciocínio, a fim de descobrir qualquer erro que possa ter cometido, mas pressupõe que o erro tenha ocorrido no raciocínio de “B”.

   Nº 11. Se o seu oponente admite a verdade de algumas de suas premissas, abstenha-se de pedir que ele concorde com a sua conclusão. Mais tarde introduza suas conclusões na conversa como coisa resolvida ou admitida por ele. O seu oponente e outros na assistência poderão ser levados a acreditar que foi de fato com a sua conclusão que ele concordou.

   Nº 12. Se o argumento move-se para o terreno de idéias gerais que não têm nomes particulares, você deve usar uma linguagem ou metáfora que seja favorável à sua proposição. Exemplo: O que uma pessoa imparcial chamaria de “fé pessoal” ou “opção religiosa” é descrito pelo seu partidário como “santidade” ou “devoção”, e pelo seu oponente como “preconceito” ou “superstição”.

   Nº 13. A fim de fazer com que o seu oponente aceite a sua proposição, apresente também uma contra-proposição oposta. Se o contraste for acentuado, seu oponente acabará aceitando a sua proposição para evitar parecer controverso. Exemplo: Se você quer que ele admita que um rapaz deve fazer absolutamente qualquer coisa que o seu pai manda que ele faça, pergunte se o seu adversário acredita que “devemos em tudo desobedecer aos nossos pais”. É como colocar o cinza ao lado do preto e chamá-lo de branco, ou colocar o cinza perto do branco e chamá-lo de preto.

   Nº 14. Tente lograr o seu oponente. Se ele respondeu diversas de suas perguntas sem que as respostas inclinem-se em favor da sua conclusão, avance a sua conclusão triunfantemente, mesmo se não procede. Se o seu oponente for tímido ou estúpido, e se você possuir uma grande dose de descaramento e uma boa voz, essa técnica pode funcionar.

   Nº 15. Se você quer apresentar uma proposição que é difícil de provar, coloque-a de lado por um momento. Ao invés disso, peça que o seu oponente aceite ou rejeite alguma proposição verdadeira, como se fosse através disso que você fosse extrair a sua prova. Se o seu oponente rejeitá-la suspeitando de alguma armadilha, você obtém o seu triunfo demonstrando o quão absurdo é o seu oponente rejeitar uma proposição que é obviamente verdadeira. Se o seu oponente aceitá-la, a razão permanece com você pelo momento. Você pode então ou tentar demonstrar a sua proposição original ou, como no Nº 14, agir como se a sua proposição original tivesse sido provada pelo que o seu oponente admitiu. Essa técnica requer um grau extremo de descaramento para que funcione, mas a experiência já comprovou inúmeras vezes a sua eficácia. A Controvérsia Dialética é a arte de debater, e debater de modo a sair por cima, quer você esteja certo ou não.

   Nº 16. Quando o seu oponente apresenta uma proposição, considere-a inconsistente com as declarações, crenças, ações ou omissões do oponente. Exemplo: Se o seu oponente defende o suicídio, pergunte imediatamente: “Então porque você não se enforca?” Se ele observar que a sua cidade não é um lugar bom para se viver, pergunte: “Então por que você não parte no primeiro avião?”

   Nº 17. Se o seu oponente pressioná-lo com uma evidência contrária, você pode com freqüência safar-se defendendo alguma distinção sutil. Tente encontrar algum significado subjacente ou ambigüidade na idéia do seu oponente.

   Nº 18. Se o seu oponente abriu uma linha de argumentação que acabará levando inevitavelmente à sua derrota, não permita que ele a leve até a sua conclusão. Interrompa o debate, retire-se imediatamente ou leve o seu oponente a mudar de assunto.

   Nº 19. Se o seu oponente desafiá-lo expressamente a apresentar uma objeção a algum ponto definido da sua argumentação e você não tem mais nada a dizer, tente fazer o argumento dele menos específico. Exemplo: Se ele pedir algum motivo pelo qual determinada hipótese não deva ser aceita, fale da falibilidade do conhecimento humano e ilustre com vários exemplos.

   Nº 20. Se o seu oponente aceitou todas ou a maior parte das suas premissas, não peça que ele concorde diretamente com a sua conclusão. Ao contrário, exponha a conclusão você mesmo como se ela também tivesse sido admitida. Uma pessoa pode estar objetivamente com a razão, e mesmo assim sair por baixo na opinião dos observadores (e algumas vezes na sua própria opinião). Por exemplo, suponha que eu apresente uma prova para demonstrar uma afirmação minha. Se o meu adversário refutar a prova, dará a impressão de estar refutando também a afirmação – para a qual podem, no entanto, haver outras provas. Nesse caso, é claro, meu adversário e eu trocamos de posição: ele sai por cima quando, na verdade, está errado.

   Nº 21. Quando o seu oponente utilizar um argumento superficial e você enxergar essa falsidade, refute-o estabelecendo a natureza superficial desse argumento. Melhor ainda é rebater o oponente com um contra-argumento tão superficial quanto o dele, só para vencê-lo – afinal de contas é em ganhar que você está interessado, não na verdade. Exemplo: Se o seu oponente apelar para o preconceito, para a emoção ou para ataques pessoais, devolva o ataque na mesma moeda.

   Nº 22. Se o seu oponente pedir que você admita alguma coisa a partir da qual o ponto em discussão pode ser concluído, recuse-se a fazê-lo, declarando que ele incorre em petição de princípio.

   Nº 23. Contradição e contenciosidade irritam a pessoa de modo a fazê-la exagerar suas declarações. Contradizer o seu oponente pode levá-lo a estender a sua declaração além dos limites, e quando você contradiz essa manifestação exagerada parece estar refutando a declaração original. Do modo correspondente, se o seu oponente tentar estender a sua própria declaração mais do que você tencionou, redefina os limites da sua declaração e afirme: “foi isso que eu disse, e não mais do que isso”.

   Nº 24. Recorra a um falso silogismo (Silogismo: A=B e B=C, então A=C). Seu oponente faz uma declaração, e você por falsa inferência e distorção das idéias dele extrai à força proposições não-tencionadas e absurdas da afirmação original. Fica parecendo assim que a proposição do seu oponente trouxe à luz essas inconsistências, restando a impressão de que ela mesma foi indiretamente refutada.

   Nº 25. Se o seu oponente está fazendo uma generalização, encontre uma instância que demonstre o contrário. Basta uma contradição válida para derrubar a proposição do seu oponente. Exemplo: “Todos os ruminantes tem chifres” é generalização que pode ser subvertida pela instância única do camelo. [esta é uma ferramenta honesta. BSJ]

   Nº 26. Uma manobra brilhante é virar a mesa e utilizar os argumentos do seu oponente contra ele mesmo. Exemplo: Seu oponente declara: “fulano é ainda uma criança, você deve fazer-lhe uma concessão”. Você retruca: “justamente porque ele é criança devo corrigi-lo, caso contrário ele persistirá em seus maus hábitos”.

   Nº 27. Se o seu oponente surpreender você ficando particularmente indignado diante de um argumento seu, insista nesse argumento com ainda maior zelo. Isso não apenas deixará o seu oponente furioso, mas vai deixar a impressão de que você tocou um ponto frágil na argumentação dele, e de que seu oponente está mais suscetível a um ataque no que diz respeito a esse ponto do que você esperava.

   Nº 28. Quando a audiência consistir de indivíduos (ou uma pessoa) que não sejam autoridade no assunto, você pode levantar uma objeção inválida e o seu oponente parecerá ter sido derrotado aos olhos da sua audiência. Esta estratégia é particularmente efetiva quando a sua objeção faz o seu oponente parecer ridículo, ou quando a audiência ri. Se o seu oponente tiver de fazer uma longa, prolixa e complicada explicação para corrigi-lo, a audiência não estará disposta a ouvi-lo.

   Nº 29. Se você perceber que está sendo vencido na argumentação, crie uma diversão – isto é, comece de repente a falar sobre outra coisa, como se isso tivesse importância na matéria em questão. Isso pode ser feito sem medo se a diversão mostrar ter alguma relação mesmo que genérica com a questão.

   Nº 30. Apele para a autoridade ao invés de para a razão. Se o seu oponente respeita determinada autoridade ou especialista, cite essa autoridade para avançar o seu argumento. Se necessário, cite o que essa autoridade disse em outro sentido ou circunstância. Autoridades que o seu oponente não chegou a entender são em geral às que ele admira mais [são?]. Você pode, se necessário, não apenas distorcer as autoridades citadas em seu favor, mas também falsificá-las, citando algo inteiramente inventado por você. Falam sem pensar, e mesmo que depois percebam que estão errados, querem parecer o contrário. O interesse da verdade dá lugar aos interesses da vaidade: assim, por causa da vaidade, o que é verdadeiro deve parecer falso, e o falso verdadeiro.

   Nº 31. Se sabe não ter uma resposta para os argumentos apresentados pelo seu oponente, você pode num golpe de ironia declarar-se um juiz incompetente. Exemplo: “O que você diz ultrapassa os meus pobres poderes de compreensão. Pode muito bem ser verdade, mas não sou capaz de entender, por isso abstenho-me de expressar qualquer opinião sobre o assunto”. Desta maneira você insinua à sua audiência, diante da qual permanece com uma boa imagem, de que o que seu oponente está dizendo é um contra-senso.

   Nº 32. Um método rápido de livrar-se da declaração de um oponente, ou de colocá-la sob suspeita, é classificá-la debaixo de uma categoria odiosa. Exemplo: Você pode dizer: “Isso é fascismo”, ou “ateísmo”, ou “nazismo”, ou “superstição”. Fazendo essa objeção você está pressupondo tacitamente que: 1) a declaração em questão é idêntica à categoria mencionada ou está pelo menos contida nela; e 2) o sistema mencionado foi inteiramente rejeitado pela presente audiência.

   Nº 33. Admita as premissas do seu oponente mas negue a sua conclusão. Exemplo: “Isso é muito bom na teoria, mas na prática não funciona”. [não é necessariamente desonesto... só o é se a conclusão realmente for procedente]

   Nº 34. Se você apresenta uma pergunta ou um argumento e seu oponente não lhe dá uma resposta direta, contorna-os com outra pergunta ou tenta mudar de assunto, é sinal claro de que você atingiu um ponto fraco, por vezes de forma não intencional. Você, por assim dizer, reduziu seu oponente ao silêncio. Insista, portanto, ainda mais no ponto em questão, e não deixe que seu oponente o evite, mesmo quando você não sabe ainda em que consiste a fraqueza que acaba de descobrir. Ao seguirmos estas regras com esta finalidade, não devemos nos preocupar em qualquer sentido com a verdade objetiva, porque normalmente não sabemos onde está a verdade.

   Nº 35. Ao invés de concentrar-se no intelecto do seu oponente ou no rigor de seus argumentos, concentre-se nos motivos dele. Se você conseguir fazer com que a opinião do seu oponente, caso se mostre verdadeira, pareça distintamente prejudicial ao seu próprio interesse, ele a abandonará imediatamente. Exemplo: Um clérigo está defendendo algum dogma filosófico. Demonstre que sua proposição contradiz alguma doutrina fundamental da sua igreja, e ele se verá forçado a abandonar o argumento. [não necessariamente desonesta]

   Nº 36. Você pode também confundir e desconcertar seu oponente através de grandiloqüência pura e simples. Se seu adversário é fraco ou se não deseja aparentar não ter idéia sobre o que está falando, você pode impor facilmente sobre ele algum argumento que pareça profundo e erudito, ou soe como inquestionável.

   Nº 37. Se seu oponente estiver certo mas, felizmente para você, apresentar uma prova deficiente, você pode com facilidade refutar a prova e em seguida alegar que refutou a posição inteira. É dessa forma que maus advogados perdem boas causas. Se seu oponente for incapaz de produzir uma prova irrefutável, você ganhou o dia.

   Nº 38. Parta para o ataque pessoal, insultando grosseiramente, tão logo perceba que seu oponente está com a vantagem. Partindo para o ataque pessoal você abandona o assunto por completo, passando a concentrar o seu ataque na pessoa, fazendo uso de observações ofensivas e malevolentes. Esta é uma técnica muito popular, porque requer pouca habilidade para ser colocada em prática.

Homem com o dedo anular grande atrai mais as mulheres

Diferenças entre os dedos revelam exposição à testosterona
 na gestação

 Quanto mais longo for o dedo anular de um homem em relação a
 seu dedo indicador, mais chances ele terá de ser considerado atraente para as
 mulheres. A afirmação é de um estudo publicado nesta quarta-feira (20) pela
 revista Biological Sciences.

 Os resultados revelam
 ligações entre a exposição dos fetos masculinos aos hormônios, o
 desenvolvimento de alguns traços físicos e determinadas características que
 atraem o sexo oposto. A pesquisa faz parte de uma grande quantidade de estudos
 recentes, abrigados sob o rótulo da psicologia evolucionária, que sugerem uma
 influência muito maior do que se pensava da natureza sobre o comportamento
 humano em relação aos fatores culturais.

Trabalhos anteriores já haviam sugerido que a proporção
 entre o quarto e o segundo dedo da mão, em especial da mão direita, é um
 indicador importante do quanto um homem foi exposto à testosterona durante a gestação.
 Quanto maior a diferença entre o anular (mais comprido) e o indicador (mais
 curto), maior o impacto do hormônio.

Para esse novo estudo, Camille Ferdenzi, da Universidade de
 Genebra, conduziu uma experiência para descobrir se as mulheres são atraídas
 pelas características comumente associadas a altos níveis de testosterona
 (rosto simétrico, voz grave, um cheiro particular) em homens que apresentam
 essa proporção na mão.

Mais de 80% das mulheres entre 18 e 34 anos viram
 fotografias de 49 homens da mesma idade, a quem deveriam avaliar de acordo com
 sua masculinidade e atratividade. Grupos menores de mulheres ouviram gravações
 de vozes masculinas, e cheiraram amostras de odor corporal, obtidas com a ajuda
 de chumaços de algodão posicionados durante 24 horas nas axilas dos
 voluntários.

 A pesquisadora diz que, no teste visual, os resultados
 apontaram que, quanto mais longo o dedo anular em comparação com o indicador, o
 que indica uma exposição à testosterona, mais atraente era o homem.

 "Também
 descobrimos que a atratividade e a simetria do rosto estão altamente
 ligadas".

Pessoas que jogam video game tendem a tomar decisões mais rápidas e precisas

Cientistas da Universidade de Rochester descobriram que
 jogar videogames de ação capacita as pessoas a tomarem decisões mais rápidas.
 Os pesquisadores descobriram que jogadores de videogame desenvolvem uma alta
 sensibilidade para perceber o que acontece a sua volta e esse benefício não é
 bom apenas para que eles joguem melhor, mas também aumenta uma série de
 habilidades que ajudam nas atividades diárias e que envolvem múltiplas tarefas
 como dirigir, ler, conversar com um amigo em meio a uma multidão, entre outras.

 Os autores do estudo,
 Daphne Bavelier, Alexandre Pouget e Shawn Green vão ainda mais longe e propõem
 que jogar videogame pode ser um ótimo treinamento para acelerar a reação das
 pessoas em diversas situações da vida real. De acordo com o relatório da
 Associação de Software de Entrenimento publicado em 2009, cerca de 68% dos
 lares norte-americanos têm videogames.
Os pesquisadores testaram doze pessoas que não costumavam jogar
 videogames. Eles dividiram os participantes em dois grupos. Um grupo jogou 50
 horas de dois jogos de ação mais rápidos no mercado – Call of Duty 2 e Unreal
 Tournament. O outro grupo jogou 50 horas de um dos jogos mais lentos existentes
 – The Sims 2.

Após este período de
 treinamento, todos os participantes tiveram que tomar decisões rápidas com
 relação a  uma série de tarefas
 elaboradas pelos pesquisadores. Nestas tarefas, os participantes tinham que
 olhar para uma tela, analisar o que estava se passando e responder uma simples
 pergunta sobre a ação no mais curto espaço de tempo. A fim de se certificar de
 que o efeito não se limitava a uma percepção visual, os participantes também
 tiveram que responder questões puramente auditivas.

 Aqueles participantes que jogaram games de ação foram 25%
 mais rápidos em suas respostas e também acertaram mais do que aqueles que
 treinaram apenas no jogo de estratégia. O resultado mostra então que os
 jogadores de games de ação tendem a tomar decisões mais corretas num menor
 espaço de tempo. Eles não são apenas mais precisos como também mais rápidos.

 De acordo com os cientistas, as pessoas tomam decisões
 baseadas em probabilidades que estão calculando constantemente. O cérebro está
 sempre computando as probabilidades. Assim, quando você está dirigindo, por
 exemplo, pode ver um movimento à sua direita, estimar se você está na rota da
 colisão ou não, e baseado nesta probabilidade tomar uma decisão – frear ou não
 frear.

 O cérebro de jogadores de videogame são mais eficientes em
 se tratando de coletar informações visuais e auditivas e por isso conseguem
 tomar decisões mais precisas e rápidas.




Pesquisa mostra que as mulheres estão traindo mais

As mulheres estão traindo mais, indicam as pesquisas.
 Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc com 2.365 brasileiras mostrou que
 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida – há nove
 anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de
 Medicina da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Carmita
 Abdo, mostra que, em média, metade já teve algum envolvimento extraconjugal.
Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as
 fazem infiéis. Na pesquisa recém-divulgada da fundação, “Mulheres brasileiras e
 gênero nos espaços públicos e privado”, aparece a vingança como a grande
 motivadora para elas procurarem outro homem. Uma em cada três (35%) disse que
 só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava
 provocar ciúme.
A advogada C.V., 23 anos, seguiu essa cartilha. Após três
 anos de namoro, ela descobriu que o namorado se encontrava com outras. “Todo
 mundo sabia, foi humilhante”, conta C.V., que chegou a surpreender o amado
 abraçado a uma moça. A primeira reação da advogada foi ceder às investidas de
 um colega de classe. “Na hora me deu tanta raiva que eu só pensei em dar o
 troco, nem estava apaixonada.” A pulada de cerca foi passageira e o namoro
 ainda durou três meses. “Mas eu não conseguia mais confiar nele e terminei
 tudo.” Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, elas dizem que foram empurradas
 para o colo de outro por vingança porque, mesmo inconscientemente, sabem que é
 mais aceitável do que assumirem uma atração física. “Culpar o homem pela
 traição, é uma desculpa social, já que em nossa sociedade não é aceito que as
 mulheres tenham o desejo de ter mais de um homem”, explica a autora de “Por que
 os Homens e as Mulheres Traem?” (editora Record). Em suas pesquisas, Mirian
 encontrou um índice de traição feminina de 47%. “As mulheres estão mais ativas
 no comportamento sexual, mas no discurso continuam se colocando como vítimas”,
 completa.
 A segunda justificativa para trair o parceiro apontada na
 pesquisa da Perseu Abramo é a carência afetiva – 26% responderam que foram
 infiéis por não se sentirem amadas suficientemente pelos namorados ou maridos.
 Em terceiro lugar vem a insatisfação sexual (14%). Quando ficou grávida de seu
 filho, 15 anos atrás, a astróloga Denise Rodrigues, 51 anos, teve de enfrentar
 não somente uma gravidez complicada, mas também a rejeição do marido. “Tive uma
 gestação de risco e fui para perto da minha família em outra cidade nos últimos
 quatro meses. Quando voltei, ele tinha arrumado uma amante.” Depois de um ano
 de humilhações, uma depressão e muitos quilos a menos, ela encontrou alento no
 vizinho divorciado que a galanteava havia seis meses. “Eu estava extremamente
 carente e me sentia atraída por ele. Foi uma paixão louca, me senti bonita e
 desejada de novo, com mais vida”, conta. Apesar de o marido ter descoberto o
 romance, ela permaneceu com o companheiro até a morte dele, dois anos atrás.
 “Fizemos terapia de casal e ficamos mais 12 anos tentando, ele continuou a ter
 casos e era frio comigo, mas não tive mais ninguém, acabei jogando minha
 energia em outras coisas da vida.”
Outra especialista em relacionamentos amorosos, a
 psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda”
 (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos
 para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas
 a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje
 elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em
 levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best
 Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram,
 tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da
 Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente
 a atração física. Ainda aparecem como causas da traição feminina o fato de ter
 casado por obrigação, a violência do marido e a ausência de vida sexual.
 
 Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula
 anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero
 também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais
 porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”,
 avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os
 homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve
 à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela
 ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a
 existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as
 necessidades do outro”, explica Regina.

 Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e
 conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição
 masculina continuam altos. Na pesquisa da Perseu Abramo, que também entrevistou
 1.181 homens, 45% deles disseram já ter traído. “Sexo e amor são coisas
 distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não
 querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma
 pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas
 relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e
 se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de
 exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra
 casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a
 pesquisadora.

Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos:
 homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O
 jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar
 que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita
 Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão
 mais opções. “Alguns manterão a exclusividade sexual como principal valor do
 casamento, outras experimentarão maior liberdade.” Regina Navarro vai mais
 longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma
 pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo
 daqui para a frente. Mas quem disse que um dia foi simples?

Fonte: Revista Istoé